Já ouviu falar sobre as Moscas Volantes?
Principalmente em ambientes muito claros e bem iluminados é comum que alguns indivíduos apresentem opacidades ou “sujeirinhas” na visão, especialmente os de idade mais avançada. Chamadas de “moscas volantes” (ou floatters, em inglês), tais manchas são, na verdade, minúsculas células presentes no interior do corpo vítreo, o fluido gelatinoso que preenche o globo ocular, que têm suas sombras projetadas sobre a retina.
A impressão que se tem é a de que existem objetos flutuando bem diante dos olhos, quando, na verdade, estes estão dentro do próprio olho. A principal causa desta condição é o descolamento do vítreo da retina, decorrente, na maior parte dos casos, de causas naturais.
Acontece que, com o passar dos anos, o vítreo se contrai – o que possibilita sua separação da retina em alguns pontos -, e libera pequenas partículas (grumos) que se condensam e passam a flutuar no fluido, bloqueando a luz (o que gera as sombras).
Como as manchas não possuem padrões pré-determinados, o principal sintoma consiste em ver pequenos pontos escuros, filamentos ou até mesmo nuvens e “teias” que parecem se mover diante de um ou ambos os olhos, percebidas mais facilmente durante a leitura ou quando se olha fixamente para um ponto específico em um ambiente muito claro.
Vale dizer que, apesar de incômodas, as “moscas volantes” geralmente não demandam tratamento a menos que estejam relacionadas a algum problema ocular mais grave, como rotura na retina. Nestes casos, cabe ao oftalmologista identificar a real causa da condição e determinar o melhor tratamento, evitando consequências maiores, como deslocamento da retina e consequente perda da visão.