As crianças com síndrome de Down possuem uma tendência maior a apresentar alguns problemas de visão, em comparação com outras crianças.
A estimativa de especialistas é de que até metade das crianças com síndrome de Down possuam algum tipo de dificuldade para enxergar. Dentre os problemas de visão, o maior é a hipermetropia, que atinge cerca de 40% dessas crianças, depois vem o astigmatismo, que atinge cerca de 30%, e em seguida a miopia (cerca de 14%).
Outro comprometimento comum é o estrabismo, que pode ocorrer em aproximadamente 20% das pessoas com a síndrome de Down, sendo o mais comum a esotropia.
Algumas dessas crianças também podem apresentar os canais lacrimais obstruídos, podem ter nistagmo, que é o movimento rápido dos olhos, ou sofrer com as inflamações ocorridas nas margens das pálpebras, a chamada blefarite.
Até 3% dos bebês com síndrome de Down tendem a ter catarata congênita, o que impede que a luz chegue até a retina, que fica localizada no fundo dos olhos.
É por isso que é mais do que essencial identificar essa condição de forma rápida, pois a catarata não removida logo depois do nascimento pode causar cegueira na criança.
A remoção da catarata pode ser feita através de uma cirurgia simples, que é realizada por um médico oftalmologista pediátrico.
Depois da cirurgia, a criança deverá usar óculos, para que seja feita a correção de forma apropriada, o que ajudará a manter a boa visão.
Os “erros de refração” (hipermetropia, astigmatismo e miopia) distorcem a imagem que chega até a retina das crianças, o que faz com que elas enfrentem problemas como baixa acuidade visual, falta de percepção de profundidade e acomodação visual mais lenta.
Sempre procure um profissional especializado em oftalmologia pediátrica, para avaliar, diagnosticar e tratar as crianças com síndrome de Down da forma mais indicada e fazer com que tenham melhor qualidade visual.